Capitulo II – o tempo não é linear.
Não há como delimitar o tempo.
Relogios, tique-taques, segundos, horas. Horas que parecem segundos, segundos
que sempre retornam à mente, minutos intermináveis. Não, o tempo não é linear.
Estava pensando em segundas-feiras chuvosas, e eis que surge uma assim,
maravilhosamente terrível.
Pessoas apressadas, pensando em afazeres,
compromissos e relógios. Tempo. Correria. Relatividade.
Somos escravos de um tempo que não nos
pertence, que gastamos procurando ter mais tempo e no final das contas, não nos
sobra sequer tempo para reflexão. As pessoas que imaginamos que tem algum tempo
não o tem suficiente, e às vezes quem não tem tempo o tem de sobra. É completamente
não lógico, e nem um pouco linear.
Escolhemos dedicar nossas vidas a
linhas do tempo, escrevendo o que estamos pensando, às vezes o que estamos
fazendo e outras vezes até mesmo onde estamos. Nos cercamos de aparatos tecnológicos
que nos distanciam, observamos à distancia aquilo que podia ser vivido
intensamente porque afastamos nossos sentidos do sentimento.
Estamos aqui, ligados, trocando
pensamentos profundos, mas nos negamos ao toque. Nos embebemos de imagens, não de
cheiros. Pensamos que vivemos e vegetamos em frente à telas que às vezes cabem
na palma de nossas mãos.
E nos iludimos pensando que somos
ativistas, pensadores e amantes.
Pois é, somos revolucionários virtuais,rs.
ResponderExcluirLembrou algo que também escrevi um dia
http://cafeecronopios.blogspot.com.br/2011/07/manifesto-da-desumanizacao.html
Nunca me senti tão vazia mesmo mostrando-me tão cheia.
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