domingo, 2 de agosto de 2020

Silêncio

Tudo que sangra-pulsa
E o sangue vermelho
Escorrendo na escada
Escreve sua própria história 
Sentir doer moer sofrer
Pra saber que vive
Viver
É melhor que morrer.

sexta-feira, 24 de julho de 2020

Devaneios

Quero escrever a épica história do impossível
Da construção inquebrável
elos perenes e uma pequena gota que
Dança elegante
Entre pequenos dedos
Quero escrever que no céu azul
Encontrei abrigo e dei acolhimento
Que nada dali saiu mas nada ficou
Tanto amor tanto amor
Uma fantasia idílica
Em que força maior não há
Devaneios constantes
Vívidos
Cheios de esperança
Quero escrever a épica história do possível
Do cotidiano simples
Da paixão pela vida.

sábado, 27 de junho de 2020

4

Por quatro dias
Em quatro cantos
Nada foi adiado. Tudo foi permitido.
O beijo foi dado
O medo acomodado
Em quatro cantos de quatro dias o querer foi liberado, a boca pediu carícias,
Em quatro dias insônia
Por quatro se não forem décadas
Quatro vezes dez
Dez mil vezes mais
Nada foi adiado
Na quarentena
O sentimento foi liberado.

domingo, 13 de janeiro de 2019

sábado, 30 de setembro de 2017

das coisas que acalentam a alma
a envolvem em ternura e força
[que levantam o espírito]
mãos envolvidas
sonhos do amanhã
lutas a travar
histórias
das coisas que nascem sóis no peito
rasgam a essência e recosturam
nos fios emaranhados do destino
nas incertezas que se valem de delírios
quereres não queridos
saudades invencíveis
das coisas todas
na vontade invisível
do que nos constrói
das coisas que acalentam a alma
a missão de viver.

terça-feira, 19 de setembro de 2017

20.13

a questão se resume a quão platônicos conseguimos ser, quão otimistas e quão solitários nessa selva de vida e pressa que engole os segundos sem piedade.
talvez se resuma a quantas vezes olhamos para nossos relógios pendurados em nossos peitos dilacerados pelo nada que vemos.
certamente é por conta do café, da vontade e do medo que nos cerca.
quem sabe os orgasmos soltos no ar, sem verdade, ou aqueles contidos nos suspiros perdidos.
ou até mesmo pensemos que seja em razão das dúvidas do universo, da astrofísica e da astrologia, que me garante um ascendente e pede descendente.
está lá na vontade solta, no amor crescente, na luz bruxuleante de uma vela que no sussurro apaga.

quinta-feira, 31 de agosto de 2017

zero-um

A gente cansa sabe. Cansa de ver injustiça, de sofrer, de chorar.

Último dia de agosto. Hora de criar novas lembranças, sabores, amores, nova vida.
por
que
não
um
ano novo?

Viajar, sentir no rosto o vento enquanto cavalga (faz tanto tempo que não corro uma baliza!), provar alfajor numa praça em Buenos Aires ou uma paçoca na Sé.

Levantar a cabeça e olhar pra frente, seguir firme porque tem tanta vida pra viver, tantas lutas nessa guerra que é o universo dentro do peito.

EU VOLTEI!

Decidida a não ter paciência com os que oprimem e não aceitar a infelicidade.

Nem a escuridão de noites e dias vazios na solidão do meu quarto vai me impedir de acreditar que dias melhores virão.