sábado, 30 de setembro de 2017

das coisas que acalentam a alma
a envolvem em ternura e força
[que levantam o espírito]
mãos envolvidas
sonhos do amanhã
lutas a travar
histórias
das coisas que nascem sóis no peito
rasgam a essência e recosturam
nos fios emaranhados do destino
nas incertezas que se valem de delírios
quereres não queridos
saudades invencíveis
das coisas todas
na vontade invisível
do que nos constrói
das coisas que acalentam a alma
a missão de viver.

terça-feira, 19 de setembro de 2017

20.13

a questão se resume a quão platônicos conseguimos ser, quão otimistas e quão solitários nessa selva de vida e pressa que engole os segundos sem piedade.
talvez se resuma a quantas vezes olhamos para nossos relógios pendurados em nossos peitos dilacerados pelo nada que vemos.
certamente é por conta do café, da vontade e do medo que nos cerca.
quem sabe os orgasmos soltos no ar, sem verdade, ou aqueles contidos nos suspiros perdidos.
ou até mesmo pensemos que seja em razão das dúvidas do universo, da astrofísica e da astrologia, que me garante um ascendente e pede descendente.
está lá na vontade solta, no amor crescente, na luz bruxuleante de uma vela que no sussurro apaga.