quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Tempo


Amigo inimigo dos meus segundos todos teus que morrem a cada instante em que penso falo ando existo tempo ingrato grato faz desfaz qualquer coisa que lhe satisfaz deixa o eterno velório chamado memória cravado no meu peito.

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Filme

Gosto de filmes de terror porque não acredito em finais felizes, mas acredito em começos alegres e finais trágicos.

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Hábito.

Estamos tão acostumados a lidar com decepções que já fazemos qualquer coisa pensando que não vai dar certo. É mais fácil lidar com a desilusão se ela nasce de pronto.
Porém... Há sempre o porém.
Não quero me importar se vai doer machucar ou corroer
Quero experimentar o que a vida tem a oferecer
Se for pra sorrir, gritar ou chorar
Pouco importa o que vier, vai passar
Prefiro o risco da caminhada
a passividade de uma muralha.

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Então...

E então a gente acorda e percebe que a vida passa.
Chovia lá fora. Não uma chuva forte, mas o suficiente pra molhar bastante. E nem pensava em sair, nem pensava em por os pés pra fora, nem pensava em ir a lugar nenhum.
E cada gota que caia do céu e se espatifava no vidro da janela era uma vida perdida, um dia passado. E olhar aquilo tudo 'indo e findo' era entediante e desesperador. E se na vida agíssemos como meros expectadores? E se não nos livrarmos das cadeias que nos prendem à desesperança, à tristeza, e se não nos movermos simplesmente porque não queremos? Nossa vida não é uma gota.
E então a gente acorda. E vê que a vida não passa.
Ela vai continuar, rindo ou chorando, gritando ou sussurrando. Vai permanecer, mesmo que eu vá, mesmo que milhares deixem esse plano, ou deixem de existir, ou se acabem como gotas.
Ela vai continuar porque a chuva não depende da gota para existir, são as várias gotas se espatifando no chão que fazem a chuva existir. São nossos passos em direção ao etéreo que fazem a vida existir. E se eu tiver de caminhar, que seja aos pulos.

sábado, 10 de dezembro de 2011

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Carta

Espero a carta
Assim como espero a chuva passar
Espero o dia raiar
Espero o sol chegar
No calor da expectativa
O medo faz as vezes de companhia
Mas o alivio é a principal testemunha
Do que poderia
E do que não é
Do que não seria
Do que sonharia.

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Hoje

Eu bem pensei em aliviar o que sinto.
Durou uma hora ou mais um pouco. Não importa. Tudo passa, tudo passará.

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Caio de novo. Em todos os sentidos da palavra Caio.

"A impressão que tenho é que nunca vai passar. Que a cicatriz não fecha. Que só de esbarrar, sangra."

Caio

Eu vou gostando, eu vou cuidando, eu vou desculpando, eu vou superando, eu vou compreendendo, eu vou relevando, eu vou e continuo indo, assim, desse jeito. Sem virar páginas, sem colocar pontos e vou dando muito de mim, e aceitando o pouquinho que os outros têm pra me dar.

Caio F. Abreu

E vai passando, vou esquecendo, superando, me costurando, remendando, juntando os trapos, os farrapos, indo pra frente que o que não me faz sentir a plenitude da luz não serve pra nada. Coração a gente conserta, amores a gente esquece.

500 anos do Brasil e Belo Monte, não dá pra esquecer.

"Hoje é esse dia que podia ser um dia de alegria para todos nós. Vocês estão dentro da nossa casa. Estão dentro daquilo que é o coração do nosso povo, que é a terra, onde todos vocês estão pisando. Isso é a nossa terra.

Onde vocês estão pisando vocês têm que ter respeito porque essa terra pertence a nós. Vocês, quando chegaram aqui, essa terra já era nossa. O que vocês fazem com a gente?

Nossos povos têm muitas histórias para contar. Nossos povos nativos e donos desta terra, que vivem em harmonia com a natureza: tupi, xavante, tapuia, caiapó, pataxó e tantos outros. Séculos depois, estudos comprovam a teoria, contada pelos anciões, de geração em geração dos povos, as verdades sábias, que vocês não souberam respeitar e que hoje não querem respeitar.

São mais de 40 mil anos em que germinaram mais de 990 povos com culturas, com línguas diferentes, mas apenas em 500 anos esses 990 povos foram reduzidos a menos de 220. Mais de 6 milhões de índios foram reduzidos a apenas 350 mil.

Quinhentos anos de sofrimento, de massacre, de exclusão, de preconceito, de exploração, de extermínio de nossos parentes, aculturamento, estupro de nossas mulheres, devastação de nossas terras, de nossas matas, que nos tomaram com a invasão.

Hoje, querem afirmar a qualquer custo a mentira. A mentira do Descobrimento. Cravando em nossa terra uma cruz de metal, levando o nosso monumento, que seria a resistência dos povos indígenas. Símbolo da nossa resistência e do nosso povo.

Impediram a nossa marcha com um pelotão de choque, tiros e bombas de gás.

Com o nosso sangue, comemoram mais uma vez o Descobrimento.

Com tudo isso, não vão conseguir impedir a nossa resistência. Cada vez somos mais numerosos. Já somos quase 6 000 organizações indígenas em todo o Brasil.

Resultado dessa organização: a Marcha e a Conferência Indígena 2000, que reuniu mais de 150 povos; teremos resultado a médio e a longo prazo.

A terra para nós é sagrada. Nela está a memória de nossos ancestrais dizendo que clama por justiça. Por isso exigimos a demarcação de nossos territórios indígenas, o respeito às nossas culturas e às nossas diferenças, condições para sustentação, educação, saúde e punição aos responsáveis pelas agressões aos povos indígenas. Estamos de luto. Até quando? Vocês não se envergonham dessa memória que está na nossa alma e no nosso coração, e vamos recontá-la por justiça, terra e liberdade." Jornal Folha de S. Paulo, 27-04-2000.

Estudo errado.

Manhê tirei um dez na prova...

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Meninos são da sala ao lado.

Um menino disse que é da sala ao lado. E é mesmo.
Deve ser de lá que eles saem. Não tem outra explicação.
Planetas são complexos.
Salas são ao lado. Meninos também.

Filosofia, vã...

Filosofia vã
Estúpida e hipócrita
Que tece lindas lãs
Com folhas de hortelã.

Hoje

Hoje brinco de criar um blog.
Inovações tecnológicas do meu parco saber,
me considero do tempo da pena e do mata-borrão...
E que importa? Vou chorar minhas mágoas e gritar alegrias mesmo assim.
Preciso da letra.
Deixo a pena para os dias de romantismo.