terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Então...

E então a gente acorda e percebe que a vida passa.
Chovia lá fora. Não uma chuva forte, mas o suficiente pra molhar bastante. E nem pensava em sair, nem pensava em por os pés pra fora, nem pensava em ir a lugar nenhum.
E cada gota que caia do céu e se espatifava no vidro da janela era uma vida perdida, um dia passado. E olhar aquilo tudo 'indo e findo' era entediante e desesperador. E se na vida agíssemos como meros expectadores? E se não nos livrarmos das cadeias que nos prendem à desesperança, à tristeza, e se não nos movermos simplesmente porque não queremos? Nossa vida não é uma gota.
E então a gente acorda. E vê que a vida não passa.
Ela vai continuar, rindo ou chorando, gritando ou sussurrando. Vai permanecer, mesmo que eu vá, mesmo que milhares deixem esse plano, ou deixem de existir, ou se acabem como gotas.
Ela vai continuar porque a chuva não depende da gota para existir, são as várias gotas se espatifando no chão que fazem a chuva existir. São nossos passos em direção ao etéreo que fazem a vida existir. E se eu tiver de caminhar, que seja aos pulos.

Nenhum comentário:

Postar um comentário