Está tudo aqui e não está ao mesmo
tempo. E eu me pergunto o que não está ao meu lado e o que desejaria.
Encontro os dois acorrentados em uma
arvore, à espera da expiação total de seus pecados. Um casal apaixonado, um
homem e uma mulher, um homem e um homem, uma mulher e uma mulher, amor que
ignora o gênero. E os olhos suplicantes da lascívia se deleitam na paixão polvilhada
das estrelas, corre entre os bosques de tuas pernas e escapa entre os dedos dos
teus sonhos. E de novo sua saliva percorre os vales e sulcos de tuas coxas, acariciando
as duas montanhas de teu peito, se encerrando no rio da tua boca.
Calor da estrela mais brilhante dos
meus sentimentos, da luz cintilante do meu desejo. Acorrentados aos princípios frios
dos homens que não sabem amar, alucinados pelo desejo de liberdade não comprada
por mastercards.
A morte lenta, o castigo, o sangue,
o desejo e a escuridão, que cerram os olhos dos amantes ante a censura do
preconceito.
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