Federico casa comigo!!!
... de onde vim e por onde andei, aceita o que te dou. Um muito e tudo é nada, algo além do que restou.
sexta-feira, 29 de junho de 2012
Nunka-se-ssab...
"Eu discordo da expressão dele (proibição). E ele
mesmo já corrigiu. O que existe é um permanente processo de convencimento e
abordagem para que as pessoas se alimentem em lugar certo. É um direito das
pessoas ficar nas ruas", disse Kassab."
http://www.estadao.com.br/noticias/cidades,kassab-nega-intencao-de-impedir-distribuicao-de-sopa,892992,0.htm
Vamos dissecar por partes essa única afirmação. Porque tá
interessante esse trem.
i.
“Eu discordo da expressão dele (proibição). E ele mesmo já corrigiu.”
Verdade, a palavra certa não é proibir. Jamais, a PMSP e o
Numkassab-quando-pode-piorar pensam no uso da violência que a proibição
importa. Em tempo, eles já se corrigiram... vejamos adiante.
ii.
“O que existe é um permanente processo de
convencimento e abordagem para que as pessoas se alimentem em lugar certo.”
Alimentem-se num lugar certo poxa vida galeraaaa!!! Guardanapinho
no colo, garfinhos, faquinhas... mesa, cadeira, sabe? Aquela coisa de
civilização? Sim, isso mesmo, civilização! Casa, mesa, cadeira. Ops, vocês não tem
casa! Tadinhos... mesmo assim comam em lugar adequado, por favor. Ninguém é
obrigado a ver vocês passando fome.
iii.
“É um direito das pessoas ficar nas
ruas", disse Kassab.”
Fala isso pra galera da cracolândia...
quarta-feira, 27 de junho de 2012
Destino
Barra Funda
Brasilândia
Pitituba
Vila Nova
São Francisco
Largo Velho
Santo Negro
Catarina
Santa Sé
Presidente
Boa Nova
Vila Matilde
Tatuapé
Parque Dom Pedro
Vila Ré
Não importa de onde vem, de onde é
Todo mundo que tem pé é.
Brasilândia
Pitituba
Vila Nova
São Francisco
Largo Velho
Santo Negro
Catarina
Santa Sé
Presidente
Boa Nova
Vila Matilde
Tatuapé
Parque Dom Pedro
Vila Ré
Não importa de onde vem, de onde é
Todo mundo que tem pé é.
segunda-feira, 25 de junho de 2012
Tudo aqui, ali e adiante.
Está tudo aqui e não está ao mesmo
tempo. E eu me pergunto o que não está ao meu lado e o que desejaria.
Encontro os dois acorrentados em uma
arvore, à espera da expiação total de seus pecados. Um casal apaixonado, um
homem e uma mulher, um homem e um homem, uma mulher e uma mulher, amor que
ignora o gênero. E os olhos suplicantes da lascívia se deleitam na paixão polvilhada
das estrelas, corre entre os bosques de tuas pernas e escapa entre os dedos dos
teus sonhos. E de novo sua saliva percorre os vales e sulcos de tuas coxas, acariciando
as duas montanhas de teu peito, se encerrando no rio da tua boca.
Calor da estrela mais brilhante dos
meus sentimentos, da luz cintilante do meu desejo. Acorrentados aos princípios frios
dos homens que não sabem amar, alucinados pelo desejo de liberdade não comprada
por mastercards.
A morte lenta, o castigo, o sangue,
o desejo e a escuridão, que cerram os olhos dos amantes ante a censura do
preconceito.
quarta-feira, 20 de junho de 2012
Mãe
Você parece uma criança. Seus olhos
brilham com uma coisinha tão pequena e boba... mas eu juro que fiz com todo meu
amor e carinho. Me agrada cuidar de você e te ver cuidando de mim. Não posso
imaginar um dia sem você, assim, de forma definitiva. Meu coração se encolhe,
sinto como se fosse do tamanho de um amendoim. Não, menor, um grão de arroz. Igual
àquela arte de escrever o nome em um grão de arroz, só consigo ler seu nome no
meu peito. Te amo muito, quando você diz que também me ama, eu tenho vontade de
chorar.
Estou torcendo pelo melhor pra nós
duas. Estou orando pela sua saúde, carregando comigo a fé de que você vai ficar
bem. Às vezes tenho vontade de chorar (vontade forte, latente). E às vezes
deixo o rio correr. Não adianta segurar.
No mais dos dias, te vejo e te
procuro nos meus sonhos, me lembro de suas recomendações e dou risada das
nossas pequenas palhaçadas. Penso nas brigas, mas me convenço de que ninguém que
se ama tão intensamente deixa de se amar por conta de desentendimentos. Daí me
lembro daquele dia, no meu aniversário, em que você me preparou uma gelatina. Nos
faltava algum para fazer um bolo.
Pelo menos nisso melhoramos.
Mas eu, sinceramente, passaria a
eternidade me lambuzando em gelatina sem sabor só pra sentir a luz do teu olhar.
terça-feira, 19 de junho de 2012
Il'yitch!
"Você pergunta se eu conheci outro amor que não o platônico. Sim e não.
Se a questão me tivesse sido colocada de outra forma: 'Você
experimentou a felicidade de um amor completo?', minha resposta seria:
não, não e não! Mas pergunte-me se sou capaz de compreender a força
imensa do amor, e eu lhe direi: sim, sim e sim!".
19.06.2012
Eu estava procurando
uma correspondência. Precisava confirmar uma entrega, um CEP que não me lembro
mais.
Me deparei com tua
letra. Eram 15 itens organizados pela data. Falávamos de frivolidades.
Precisava me inteirar melhor de mim mesma e a partir de onde a letra adquiriu
vida (se ela a teve). Sentei-me no chao. Dispus as cartas ao meu redor, como
que formando um semicírculo da desilusão. Ouço Inverno no ultimo volume. Sinto
meus dedos escorrerem por entre as letras e por entre as letras as lagrimas, e
por entre as lagrimas o sangue vivido dessa paixão desmedida. Pensei não poder
mais querer, ou se quisesse pudesse esquecer algo que sequer saberia se deveria
nomear, nomes, rótulos, estigmas que nos amarram em prisões celebradas em
nossas mentes e almas. Tenta em vão o coração se libertar daquilo que o prende,
se bate contra as paredes, mas as amarras são dotadas de força suficiente para
sufocar um sonho.
Lembrei de seu toque.
E do suspiro que se seguia quando sob as romãs de meu corpo tuas mãos deslizavam.
Detive-me ante à realidade e me propus voos. Viagem proporcionada pela aventura
do desapego tão necessário em um tempo em que o amar se confunde com o ter, e a
posse é valorizada. Em que a liberdade de cada um sonhar aquilo que tem vontade
é limitada pelos nossos preconceitos, que não são nossos, mas introjetados em
nossa mente e contra os quais lutamos (ou deveríamos) sem ter forças.
E aprendendo a
desapegar, não mais um semicírculo me cerca, mas um circulo completo e infindável,
formado das memórias mil que carrego em mim e que me levam a você. Das memórias
que me levam a tempos em que não te conheci e a tempos em que não pensava em te
ver, ou tempos em que não me perderia no relógio a esperar algo de ti.
Incendeio as cartas.
Tudo a meu redor arde em chamas e livre da lembrança ou da esperança, ou mesmo
de você, me sinto apta a ser feliz. Ser feliz incendiando-me com as cartas,
ardendo em vida pela liberdade do amanhã.
segunda-feira, 18 de junho de 2012
Quando o Irã censura uma história de amor.
“Olá Sara,
Eu realmente gosto dos seus tênis, aqueles com listras azuis.
Seu belo jeito de andar adquire uma maravilhosa leveza quando você os usa. Dei
a eles o nome de Shirin andando na água, e às vezes os chamo de Ofélia. Alguma
coisa mudou na universidade para eles agora permitirem sapatos coloridos? Às
vezes, quando eu a sigo na calçada, tento pisar em suas pegadas.”
Trecho do livro, título em epígrafe. De Shahriar Mandanipour.
sexta-feira, 15 de junho de 2012
Desembrulhar
Nem sabia ao certo qual cor queria. Não sabia se deveria escolher pela cor, ou pelo cheiro. Maçãs só podem ter gosto de maçãs. Teu beijo, esse não, vários gostos para cada momento.
Levantou-se. Era apenas um sonho, e de fato escolher maçãs não deve ter um significado tão profundo (se é que os sonhos carregam em si essa premonição). Estava tudo espalhado. As caixas, os livros, a cafeteira, única coisa que já havia desembalado. Um espelho pequeno sobre a mesinha de centro que colocou estrategicamente ao lado do colchão. Tudo em caixas, ou desmontado, sem representar sombra do que poderia ser.
Se sentia como a cômoda. Desmontada, sequer daria sinais do que poderia ser. Talvez os puxadores em formato de pequenas rosas brancas desse um leve sinal do que seria o móvel desmontado. Mas o que nela daria essa pista?
Os olhos. Os olhos são o espelho da alma. Alguém a havia dito que tudo o que ela sentia perpassava pelos olhos. Se olhou no pequeno espelho. Se todo sentimento perpassa pelos olhos, ele não será a melhor pista do que sou, então. Não pode ser. Coragem. é preciso uma boa dose de coragem. Desempacotar, desembrulhar e montar. Uma experiencia tão nova não podia ser desmotivadora. Haveria de achar o que há de maravilhoso nessa etapa.
Campainha.
- Oi! Estou surpresa com sua visita.
- Eu estava passando e pensei...
Todo o resto foi um dia em que empacotar e desembrulhar era apenas acessório. Percebeu que mesmo faltando um pedaço, o que sobra de nós nos faz completos em abstrato.
E porque não pensar que nos completa em substância?
Levantou-se. Era apenas um sonho, e de fato escolher maçãs não deve ter um significado tão profundo (se é que os sonhos carregam em si essa premonição). Estava tudo espalhado. As caixas, os livros, a cafeteira, única coisa que já havia desembalado. Um espelho pequeno sobre a mesinha de centro que colocou estrategicamente ao lado do colchão. Tudo em caixas, ou desmontado, sem representar sombra do que poderia ser.
Se sentia como a cômoda. Desmontada, sequer daria sinais do que poderia ser. Talvez os puxadores em formato de pequenas rosas brancas desse um leve sinal do que seria o móvel desmontado. Mas o que nela daria essa pista?
Os olhos. Os olhos são o espelho da alma. Alguém a havia dito que tudo o que ela sentia perpassava pelos olhos. Se olhou no pequeno espelho. Se todo sentimento perpassa pelos olhos, ele não será a melhor pista do que sou, então. Não pode ser. Coragem. é preciso uma boa dose de coragem. Desempacotar, desembrulhar e montar. Uma experiencia tão nova não podia ser desmotivadora. Haveria de achar o que há de maravilhoso nessa etapa.
Campainha.
- Oi! Estou surpresa com sua visita.
- Eu estava passando e pensei...
Todo o resto foi um dia em que empacotar e desembrulhar era apenas acessório. Percebeu que mesmo faltando um pedaço, o que sobra de nós nos faz completos em abstrato.
E porque não pensar que nos completa em substância?
quarta-feira, 13 de junho de 2012
Cotidiano.
Lá me vou, encarando a obscuridade dos dias, a mudança das estações e os sabores desse jogo de xadrez que se tornou a vida. Como um peão, me lanço à batalha tendo certeza do meu próprio abate. Me satisfaço com o forte sabor da cafeína e a fumaça escura da cidade. Observo como um ator, desempenho a função do figurante. Me afasto dos sons dessa quasevida que é a metrópole sob a falsa capa dos fones de ouvido. Ouço musicas que me fazem caminhar sem pensar. Ouço musicas que me fazem chorar, lembrar ou rir de graça.
Canto alto, ninguém me ouve ou entende. Continuo o dia sentada, escrevendo letra após letra daquilo que sintetiza o que penso sem que nada do que foi escrito fosse capaz de dizer algo sobre mim. Converso sem falar. Maldita internet.
Falo sem esperar resposta. Espero sem falar. Assuntos dos mais diversos são alvo do meu sarcasmo e da minha estupidez.
Ensaio uma fé que não sei se tenho. Passa a hora, sem que eu me lembre que precisava almoçar. E aquela reuniao? Aquele telefonema? Esquece. Nada vai adiantar agora.
Me fascinam os pássaros. As aves, de uma forma geral, fazem o que eu gostaria de fazer a vida inteira: voam. Mas talvez se eu voasse, talvez assim não tão remotamente, talvez eu não desse nenhuma importância pra isso.
Posso tomar um vinho essa noite. No quarto, meia luz. Na rua, luzes bruxuleantes de postes elétricos (seria isso possível?). Observo o movimento como um urubu a esperar o melhor momento de atacar a carniça. Como se estivesse acima disso tudo e ao mesmo tempo precisasse disso. Não preciso da desgraça alheia. Nem da alegria alheia. Nada fora de mim é capaz de me sustentar.
Voltei. Me deito com o sentimento de dever não cumprido para no dia seguinte levantar, novamente, com a sensação de caminhar sobre cacos de vidro. Sem sangrar.
Canto alto, ninguém me ouve ou entende. Continuo o dia sentada, escrevendo letra após letra daquilo que sintetiza o que penso sem que nada do que foi escrito fosse capaz de dizer algo sobre mim. Converso sem falar. Maldita internet.
Falo sem esperar resposta. Espero sem falar. Assuntos dos mais diversos são alvo do meu sarcasmo e da minha estupidez.
Ensaio uma fé que não sei se tenho. Passa a hora, sem que eu me lembre que precisava almoçar. E aquela reuniao? Aquele telefonema? Esquece. Nada vai adiantar agora.
Me fascinam os pássaros. As aves, de uma forma geral, fazem o que eu gostaria de fazer a vida inteira: voam. Mas talvez se eu voasse, talvez assim não tão remotamente, talvez eu não desse nenhuma importância pra isso.
Posso tomar um vinho essa noite. No quarto, meia luz. Na rua, luzes bruxuleantes de postes elétricos (seria isso possível?). Observo o movimento como um urubu a esperar o melhor momento de atacar a carniça. Como se estivesse acima disso tudo e ao mesmo tempo precisasse disso. Não preciso da desgraça alheia. Nem da alegria alheia. Nada fora de mim é capaz de me sustentar.
Voltei. Me deito com o sentimento de dever não cumprido para no dia seguinte levantar, novamente, com a sensação de caminhar sobre cacos de vidro. Sem sangrar.
terça-feira, 12 de junho de 2012
Dia do santantonho o caraleo.
O amor de uma pessoa não pode se
concentrar em um único ser. Não do tipo a maçã, mais do tipo melancia.
Mas que viagem do caralho.... bom,
vou tentar desenvolver.
O que eu quero dizer é que hoje é um
dia como qualquer outro e que de qualquer forma querem enfiar que quem ama dá
presentes, e o pior, limitam esse amor a duas pessoas, um casal.
Quer saber? Vai todo mundo à merda.
Porque eu me amo e me dei um
presente.
Porque amo minha mãe e não consigo,
tudo o que eu faço penso nela.
Porque amo minhas irmãs.
Porque amo minhas amigas e meus
amigos do coração.
Porque amo minha família.
E não é o Santantonho que vai me
dizer o que fazer, a quem amar ou como fazer, PRINCIPALMENTE se ele vier
travestido de VISA ou MASTERCARD, ou BOTICARIO, ou qualquer outra coisa
estúpida e cretina que tem por ai.
segunda-feira, 11 de junho de 2012
11.06.2012
Esqueci o guarda chuva. Foi a
primeira coisa que lembrei depois de me levantar para pegar café.
Eu o deixo pendurado ao lado da
porta – imaginando que assim não o esqueceria. Chuvas e trovões. Me falta tempo
para algumas leituras que aprecio. Ficção, fantasia, romances melados da
Angélica na Ilha da Perdição. Qualquer bomba que me leve a milhas de distância ou
me situe num universo paralelo.
- Um café, por favor.
- Açúcar?
- Sim.
- Açúcar mascavo?
- Não, pode ser o comum mesmo.
- Nota Fiscal paulista?
- Sim.
- Digite o CPF.
- Ok. Me vê um pão na chapa também.
- Chapado Vanessa! Mais alguma coisa?
- Não. Acho que não.
Sabe o que eu queria responder? Vocês vendem satisfação em
frascos e guarda-chuvas?
Assinar:
Postagens (Atom)