segunda-feira, 6 de agosto de 2012

Acelerado.

Meu coração bate acelerado. Medo de perder a hora, medo de perder o emprego, medo de perder o relógio, a chave e a aula. Medo de se perder no meio de tanto medo de perder alguma coisa. Choro por dentro porque dizem que não é elegante deixar lágrimas soltas por ai. Chega a ser um despaltério. Lágrimas foram feitas para ficar presas, assim como sentimentos libertadores. Aliás, acho que eles são como unicórnios: simplesmente não existem.
Ou de repente, de um ponto de vista antropófago, estou engolindo e vomitando meus sentimentos imaginando a universalidade das percepçoes.
Mas o medo é uma coisa universal, não é? Nos dias de hoje, não mais o amor. Se um dia foi o amor o sentimento universal, isso deve ter se adstrito ao Éden. Universal mesmo é o medo, fruto da antropofagia ou da liberdade, ou do medo mesmo.
Medo.

4 comentários:

  1. antes do amor, o medo de saber ou não amar.

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  2. Medo de morrer sem antes amar, ou de morrer de amor, ou medo mesmo do medo de ser um, e não dois, ou meia duzia.

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  3. Conheço poucas mulheres mais corajosas que você. Acho que a coragem também é feita de medo. Medo de não viver.

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  4. Como uma moeda, coragem e medo se alteram. Somos uma coisa e duas, medo de morrer sem amar e de amar sem morrer, ou de viver sem amor, mas já acho impossível amar sem saber o que é viver.
    Somos mulheres de fibra e de vidro... Você, em minha opinião, é de aço e flores.

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