quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Pinheirinho.

Aquela rosa nem desabrochou
De branca em vermelho deflorou
E chorou lágrimas ardidas
Sua morte lamentou.


Pisada como um nada
Ignorada, violentada
No escuro
Na calada da madrugada.


Tinha sonhos, tinha sol
Tintas, papel, um rouxinol
Uma linda voz a entoar
Canções para amar.


Dedinhos finos delicados
Faria os mais doces bocados
Talvez tivesse um teclado
Talvez um namorado.


Mas ia ser uma rosa
Luxemburgo ou Clarinha
Fosse o que fosse
Seria uma rima.


E o vermelho se espalhou
Tingiu o céu de preto
Quem ficou chorou
Sob seu manto negro.

Que não nos esqueçamos das vítimas desse holocausto social.

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