Quero escrever a épica história do impossível
Da construção inquebrável
elos perenes e uma pequena gota que
Dança elegante
Entre pequenos dedos
Quero escrever que no céu azul
Encontrei abrigo e dei acolhimento
Que nada dali saiu mas nada ficou
Tanto amor tanto amor
Uma fantasia idílica
Em que força maior não há
Devaneios constantes
Vívidos
Cheios de esperança
Quero escrever a épica história do possível
Do cotidiano simples
Da paixão pela vida.
Por quatro dias
Em quatro cantos
Nada foi adiado. Tudo foi permitido.
O beijo foi dado
O medo acomodado
Em quatro cantos de quatro dias o querer foi liberado, a boca pediu carícias,
Em quatro dias insônia
Por quatro se não forem décadas
Quatro vezes dez
Dez mil vezes mais
Nada foi adiado
Na quarentena
O sentimento foi liberado.